O técnico do Shakhtar Donetsk, Mircea Lucescu, acusou o empresário dos jogadores, o iraniano Kia Joorabchian, de aproveitar a situação na Ucrânia para "sequestrar" os jogadores brasileiros. Alex Teixeira, Dentinho, Douglas Costa, Fred, Ismaily e o argentino Facundo Ferreyra jogaram no sábado um amistoso com o Lyon, permaneceram na cidade e foram dados como "desaparecidos" pelo clube ucraniano.
"Isso é um golpe de Kia Joorabchian. Ele está se aproveitando da situação. Isto é um sequestro. Os jogadores são jovens e ele os convenceu", disse o técnico romeno ao Canal +, da França.
Segundo o técnico romeno, os jogadores ainda estão na Suíça, local onde havia uma parada da delegação.
"Ele conseguiu convencê-los a não voltar, explicando que em breve estariam livres e que em breve poderiam assinar com outro clube. É um escândalo puro. Estes são jogadores importantes para mim. Eles ainda estão em Genebra. Tudo aconteceu após o jogo contra o Lyon, às duas horas da manhã no nosso hotel. Eu não podia fazer nada", disse Lucescu.
O magnata Rinat Akhmetov, dono do Shakhtar Donetsk, advertiu os cinco jogadores brasileiros e um argentino que se negaram a embarcar com o resto do time em Genebra, com destino à Ucrânia, lembrando o alto valor de suas cláusulas rescisórias contratuais. A sede do Shakhtar fica na cidade de Donetsk, na região onde ocorrem confrontos entre separatistas russos e as forças do governo de Kiev.
"Espero que o bom senso e o coração vençam o mal-entendido e os jogadores não sigam pelo caminho da tentação e do temor. Especialmente porque não há nada para temer. Estamos prontos para garantir segurança", disse Akhmetov em comunicado divulgado pelo clube.
"Se eles não vierem, eles mesmos serão os primeiros a sofrer. Cada um tem cláusula de rescisão de dezenas de milhões de euros", alertou.
Outro argentino, o atacante Sebastián Blanco, também se negou a se reapresentar a seu clube ucraniano, o Metalist.
Devido ao clima de insegurança em Donetsk, Akhmetov assegurou hoje que o Shakhtar jogará como anfitrião na cidade de Kharkov.
"Não vamos correr riscos. Jamais levaríamos os jogadores a áreas perigosas", ressaltou o magnata.
Fonte: EFE
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