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sexta-feira, 12 de junho de 2015

O gigante de 1,58m de altura.

Adversários do Paysandu na Série B do Campeonato Brasileiro, tomem cuidado com os cruzamentos na área. Mas não esperem que um atacante "pirulão", estilo poste de 1,90m, irá completar para o gol de cabeça. O terror pode vir muito mais de baixo, e o zagueiro do time pode nem ver como a bola entrou. 

"O pessoal fala sempre fala isso: 'você é tão baixinho e faz gols de cabeça'. Até me assusto às vezes, a bola vem, eu vou lá e meto caixa", conta o meia Edinho, de apenas 1,58m, do time paraense.

Aos 20 anos de idade, o "gigante" já balançou as redes três vezes desta forma. A primeira foi contra o Horizonte, no Campeonato Cearense de 2012, depois fez de "peixinho" com bola e tudo no Ferroviário, também no Estadual, em 2014. O último foi contra o ASA de Arapiraca, na Série C do ano passado.

Ele dá a receita para quem não tem uma altura privilegiada vencer os defensores. " A gente quando é pequeno não procura disputar com zagueiro. O segredo é se posicionar bem e a bola vir na nosssa altura. Eu já fiz gol no meio de três antecipando, nem pulei, só tirei do goleiro", conta, orgulhoso, o jogador revelado no Fortaleza.

Por onde passa, ele chama a atenção dos colegas. "A brincadeira é normal, todo clube que chego é assim. Até o presidente do Paysandu disse que finalmente encontrou um cara da altura dele, porque ele também é baixinho (risos). Eu levo na boa, sem problemas", se diverte.

Nos treinamentos o atleta também vira alvo. "Eles me chamam de 'gigante', sempre começo em todas as brincadeiras, porque vai pela ordem de altura, principalmente no bobinho, tenho que ir no meio e roubar a bola (risos)".

Mesmo com todas as brincadeiras, Edinho não se importa com a "pouca sombra" que faz nos gramados, e se inspira em outro baixinho famoso, porém, 10 centímetros mais alto. "Graças a Deus nunca tive problemas, os caras sempre me conheciam. Não importa se é baixo ou alto, o importante chegar lá e mostrar seu futebol, o Romário é um exemplo pra mim", afirma.

Aos 15 anos, desistiu do mundo da bola por causa da família. "Era muito acostumado em casa e a sudadade era muito grande". Porém, o destino do jogador, era em outros campos, bem longe das plantações. Convencido por um primo, ele voltou ao Fortaleza, para nunca mais abandonar a profissão.

Após subir ao time de cima da equipe tricolor, fez boas temporadas pelo clube da capital cearense e foi cedido ao Avaí no começo do ano, mas não teve muitas oportunidades. Agora, irá disputa da segunda divisão nacional pelo time paraense e já se empolga com a massa do "Papão".

"Sempre admirei a força dessa torcida. A partir de agora, ela estará a meu favor e tenho certeza que isso vai fazer a diferença na nossa caminhada rumo ao acesso", concluiu.

Créditos da matéria: Vladimir Bianchini, do ESPN.com.br

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