Esqueçam momentaneamente a história de glórias do Vasco da Gama. Não estamos mais na virada do século, quando o clube da Colina tinha o melhor elenco do país e com ele ganhou dois brasileiros e uma Libertadores.
Hoje a meta vascaína é sobreviver, não voltar à segunda divisão pela terceira vez em oito anos.
E para tal missão, um bom nome é o de Celso Roth. Além dele, Leonardo Moura, ídolo do Flamengo que se despediu do rival recentemente, é esperado em São Januário.
Não que o contestado treinador só possa trabalhar em times assim. Campeão da Libertadores de 2010 com o Intenacional, foi vice brasileiro dois anos antes, com o Grêmio, teve bons momentos à frente do próprio Vasco em 2007 e levou o Atlético a liderança por várias rodadas no Brasileirão de 2009.
Roth alterna bons e maus trabalhos como quase todos os treinadores que estão por aí. Mas carrega um rótulo negativo. Apesar disso, sabe trabalhar em situações adversas como a que encontrará.
Seu estilo duro, e sincero, autêntico, nas entrevistas muitas vezes o atrapalha. Treinadores menos capacitados, mas com maior habilidade ante os microfones, são considerados superiores ao gaúcho mesmo que não tenham currículo melhor.
Arrumar a defesa, uma especialidade de Celso, certamente será sua providência inicial. A meta, clara, é ficar à frente de quatro dos 19 adversários no campeonato.
Celso Roth volta a São Januário e terá Humberto Ferreira como auxiliar e Paulo Paixão na preparação física. Doriva e o auxiliar Eduardo Souza saem sem vitórias em oito rodadas na Série A. Desde 1º de dezembro de 2013, quando fez 2 a 0 sobre o Náutico, o Vasco não vence na primeira divisão.
São nove os jogos sem triunfo na elite nacional,na qual os cruzmaltinos somam mirradas 11 vitórias nos 46 últimos cotejos. Sua volta ao clube carioca fortalece o vice-presidente de futebol do Vasco, José Luis Moreira, que defendia há semanas a contratação do gaúcho.
Roth terá Andrezinho, espera Herrera e (quem sabe?) Ronaldinho Gaúcho para levar adiante sua tarefa: ser pelo menos o 16º colocado no Brasileiro. Se conseguir exatamente tal posição, será xingado por muitos torcedores que considerarão a campanha pífia. Mas a missão do técnico é exatamente esta: manter o Vasco entre os 20 times da Série A. E ele sabe muito bem disso.
Futebol feio ou bonito? Por favor, não é hora para esse tipo de assunto em São Januário.
Texto de: Mauro Cezar Pereira/Espn
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