![]() |
Contra o São Paulo, em 2013, casa cheia e boa renda: e em 2014? (Foto: Leoiran) |
Sempre que alguma equipe de fora do estado vem à Goiânia para encarar o Goiás, o discurso é o mesmo: “É difícil vencer o Goiás no Serra Dourada, pelas dimensões e pela pressão da torcida”. As dimensões continuam as mesmas, mas onde está a torcida esmeraldina? Foram apenas 2.430 pagantes no empate sem gols contra o Sport no último domingo, o que causou uma enorme decepção na diretoria esmeraldina. E tem mais: a parte financeira entra em estado de alerta.
O Goiás ficará com apenas R$9.500 da renda obtida no domingo, valor que não dá nem pra pagar a premiação dos jogadores pelo empate, que é de aproximadamente R$1.500 pra cada jogador. No borderô divulgado pelo clube na manhã desta segunda-feira, é possível ver que a renda bruta, que foi de R$50.240,00, teve o decréscimo de R$36.249,33, com despesas de aluguel do campo, INSS, arbitragem e até exame antidoping.
Sobraram R$13.990,67, mas o clube ainda teve uma despesa de R$4.500 com o quadro móvel, funcionários do clube que trabalharam na partida. A “sobra” deixa a diretoria do clube preocupada, já que a situação financeira não vai bem, com premiações e direitos de imagem de alguns jogadores atrasados. Sérgio Rassi, pressionado, pensou até em deixar o cargo, mas garantiu no sábado, em reunião com líderes da equipe, que fica. Porém, se arrependeu de apostar no torcedor.
A aposta fez parte da recusa de R$600 mil livres para o clube pelo jogo contra o São Paulo, no próximo domingo, às 16h. O jogo seria realizado na Arena Pantanal e o Goiás não pagaria nenhuma despesa de viagem, hospedagem ou alimentação, mas preferiu não comercializar a partida para privilegiar o “Nação Esmeraldina”, novo programa de sócio-torcedor do clube. Só que, até às 13h desta segunda-feira, o programa não foi lançado e a diretoria já enxerga de “rasgou dinheiro”. O presidente explicou o atraso.
"Nós fomos contrários ao lançamento na quinta-feira porque não teríamos tempo hábil para a venda dos títulos aos sócios torcedores. Agora, estamos dependendo de um pequeno detalhe de bilheteria, que estava com outra empresa e uma vez passando para a empresa que está nos dando assessoria, se for resolvido a tempo, possivelmente já estará funcionando contra o São Paulo", destacou.
Nesta temporada, o Goiás teve um bom lucro, de R$150 mil reais, pela venda da partida contra o Botafogo, que foi realizada em Juiz de Fora, duelo em que o clube teria de realizar longe do Serra pelo cumprimento de punição imposta pelo STJD. O clube teve todas as despesas pagas por um grupo de empresários e, de quebra, fez o melhor jogo no campeonato, vencendo por 2 a 0 e se mostrando bem superior na partida.
A expectativa da diretoria é que tudo isso se transforme no jogo do próximo domingo, até porque a torcida do São Paulo costuma ser de casa cheia. No ano passado, foram 24.789 pagantes na vitória esmeraldina por 1 a 0, e o confronto rendeu para o Goiás R$408.508,54 líquidos no Serra. Naquela época, o clube teve cinco mil ingressos da Nota Show de Bola e ingressos custando R$80 nas cadeiras e R$40 na arquibancada.
Agora, o clube não terá a Nota Show de Bola, promoção que a Federação Goiana de Futebol e o Governo do Estado não promoveram para esse ano. Além disso, o preço dos ingressos já foi definido em R$80 para a arquibancada e R$160 nas cadeiras, o dobro de 2013, mas com os torcedores esmeraldinos podendo pagar R$20 e R$40 com a camisa ou a Timemania, caso o "Nação Esmeraldina" não seja lançado. O presidente confirma e espera uma receita maior.
"Vai ser o mesmo preço, R$160 e R$80, e aí, uma vez sendo lançado, apenas o sócio-torcedor terá esse desconto", concluiu.
Fonte: Thiago Martins/Portal 730
Nenhum comentário:
Postar um comentário